Outra
ponte de suma importância na zona rural de Guarará é a de São Joaquim, na
comunidade de mesmo nome, a pouco mais de 3 km do centro da cidade. Ela faz a
ligação com o entorno da localidade da Volta Grande e é um dos acessos rápidos
ao Distrito de Engenho Novo, em Mar de Espanha.
Assim
como sua conterrânea, a Ponte do Salomão era construída com sustentação a base
de madeira sobre o Ribeirão Espírito Santo desde o tempo distrital. Sofria
muito com a correnteza do trecho e as fortes enchentes que passavam pelo vale e
danificavam suas cabeceiras na época das fortes chuvas de verão.
No
passado, a Comunidade de São Joaquim onde está localizada a ponte era
densamente povoada, possuindo Igreja e Cemitério, que foi desativado no final
da década de 1920. Para atender à circulação de pessoas e o transporte de
mercadorias como café, arroz, feijão e milho, a Prefeitura Municipal, através
de seu prefeito, o Cel. Bertholdo Garcia Machado e seu vice, Cel. Affonso Leite
implementou importantes melhorias na segurança e conservação da mesma.
A
partir de 1933, foi construída, com recursos municipais, nova estrutura para a
Ponte São Joaquim. As cabeceiras foram refeitas com base de pedra e concreto
para resistir à forte correnteza e foi colocada no meio do rio uma grande pilastra
de concreto armado para sustentar as vigas e os pranchões de madeira. Essa
medida ajudava a evitar o balanço da ponte em ocasiões de tráfego pesado.
A
estrutura inaugurada em 1933 permaneceu a mesma por várias décadas, mas
recebendo retoques para garantir o trânsito de animais e veículos maiores com
segurança. Em 1987, o então prefeito Antero Dias da Rocha inicia estudos
visando substituir a ponte de madeira por uma de concreto, trazendo mais
segurança para os moradores da região.
As
obras iniciam em 1988, mesmo ano em que ocorre a solenidade de inauguração, com
grande acompanhamento popular. A nova ponte entregue à comunidade tinha seu vão
em concreto armado. As cabeceiras foram reforçadas com pedra e concreto e a
pilastra foi fortalecida para segurar o peso da nova ponte.
Atualmente,
permanece com as mesmas características do período em que foi inaugurada em
1988. Algumas melhorias foram realizadas, mas conservam-se os traços originais.
A exceção é a paisagem, que modificou um pouco ao longo desses 36 anos de bons
serviços prestados aos moradores da redondeza.
A
importância de conhecer a história das construções que compõem o meio rural é
crucial para entender a evolução da cidade com o passar do tempo. A
recordação histórica está presente em todos
os cantos e ao lado da memória, que deve ser constantemente fortalecida através
da inserção de novos recortes do passado de nossa cidade e região.