É comum chegarmos a
algumas pequenas cidades das Minas Gerais e nos depararmos com cruzeiros em
locais altos das cidades, que ficam voltados geralmente para a maior parte de
sua área urbana. Ao olharmos atentamente podemos observar que esses símbolos da
fé cristã estão direcionados muitas vezes para o lugar onde se encontra uma
Igreja Matriz ou Capela. Em boa parte dos cemitérios também é possível
encontrar a presença de Cruzeiros.
No passado os Cruzeiros
eram erguidos como ponto de demarcação para construção de Igrejas e marco para
início da povoação de um território. Muitas cidades não só em Minas Gerais, mas
no Brasil em si, surgiram a partir da instalação de um Cruzeiro e uma pequena
Igreja.
Nas terras que viriam a
ser o Arraial e Distrito do Espírito Santo se desconhece o local onde foi
erigido o 1º Cruzeiro. Na última década
de século XIX surgem relatos que havia um grande Cruzeiro na área central da
Vila do Guarará. Com base em algumas poucas imagens e nos relatos orais que atravessaram
o tempo, este local seria o morro localizado acima do atual Destacamento
Policial da cidade, que dá uma vista privilegiada do centro de Guarará.
A área do Cruzeiro era acessada por um pequeno caminho íngreme até a década de 1970 segundo informações de alguns moradores. Depois este trilho foi tomado pela vegetação de pastagem. No final da 1ª metade da década de 1990 o antigo Cruzeiro foi transferido para um ponto mais alto da cidade, onde se encontra até hoje, e pode ser visto de diversas partes da cidade. O local escolhido foi o Morro da Torre, acessado através da Rua Feliciana Francisca Dias. Sua estrutura permanece sendo de madeira.
O 2º Cruzeiro mais
antigo que se tem notícias é o de frente a Capela de Nª Sª do Rosário. Sua data
de instalação é um grande mistério a ser solucionado. Acredita-se que possa ter
sido nos anos ou décadas seguinte à inauguração da Capela, ocorrida em 1890.
Informações recentes apontam que o antigo Cruzeiro já deteriorado pela ação do
vento, sol e chuva no alto da colina, foi substituído pelo atual na década de
1940. A iniciativa se deu por um grupo de moradores do entorno.
Ainda na década de
1940, logo nos primeiros anos, foi erguido um Cruzeiro no interior do Cemitério
Municipal, em sua parte mais alta. O pedido para tal ação partiu do Pároco
Padre Oscar de Oliveira via ofício para o Prefeito Bertholdo Garcia Machado,
que acatou tempo depois. Não temos informações se o Cruzeiro existente é o
mesmo daquela época, ou se foi substituído por outro material.
O Cruzeiro mais recente
é composto por duas vigas de concreto e está localizado logo atrás da Ermida
(Capelinha) de São Sebastião, localizada no trevo de acesso ao Bairro Mundo
Novo via BR-267. A inauguração da Capelinha ocorreu no final de 1980, mas o
Cruzeiro foi colocado posteriormente em data desconhecida.
Na área rural em frente
à extinta Capela de São Joaquim, antes do muro, havia um Cruzeiro de madeira e
o mesmo veio a sucumbir junto com a pequena Capela em data desconhecida. Na localidade
do Desengano diante à Capela de Nª Sª do Rosário demolida algumas décadas atrás,
havia um cruzeiro confeccionado em madeira.
O único Cruzeiro
preservado na zona rural que temos notícias está localizado em frente à Capela
de Nª Sª Aparecida na fazenda Vargem Grande, no alto de uma colina há várias
décadas. Sua estrutura é em madeira.
No retrospecto de nossa
história, esses são os Cruzeiros identificados em nosso município. Pode ter
ocorrido a existência de Cruzeiros em outras partes da cidade, tanto na área
urbana, como na rural, que não sobreviveram e nem deixaram vestígios de sua
existência nas localidades onde estavam situados. Havendo outras informações
atualizaremos a matéria.
O cruzeiro que ficava no morro atraz do Grupo Escolar Ferreira Marques era iluminado e as lãmpadas queimávam com freqüencia, ficava ligado direto, por volta de 1958 eu muito ĵóvem fanático por eletrônica fiz a ligação em serie paralelo e não queimou mais lãmpadadas.
ResponderExcluirMuito interessante essa informação. Obrigado pela colaboração Adilton.
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