Um importante ícone da história e arquitetura guararense que não existe atualmente, a não ser em nossa memória e nos registros fotográficos do passado.
O imóvel foi construído no ano de 1889 conforme inscrição contida acima da porta principal do bem. Sua escritura foi lavrada em Ouro Preto em 08/01/1891, no livro 13, fls 50 sendo os transmitentes Francisco Carneiro e sua esposa Deolinda Pinto Carneiro, que doaram o imóvel ao Estado de Minas Gerais para a implantação da Cadeia Pública de Guarará.
O local funcionou como Delegacia de Polícia e Cadeia até meados da década de 1980. Nesse período a edificação começou apresentar sérios problemas estruturais advindos de fatores diversos e precisou ser desocupada. Em 1990 passou por um processo de restauração e voltou novamente a ser utilizada somente como delegacia. Pouco tempo depois no final da década de 1990 o imóvel ficou sem uso.
Com a supressão da finalidade de delegacia e cadeia, o imóvel ficou fechado por algum tempo. Este fechamento acarretou problemas estruturais e danos ao telhado. A partir do final da 1ª década do século XXI o imóvel começou a dar sinais de que não suportaria muito tempo sem alguma intervenção. Como as intervenções por parte do poder público não vieram, o prédio da cadeia foi demolido por apresentar riscos as pessoas e veículos que passavam em frente.
Se houvesse interesse e boa vontade por parte do Estado de Minas (dono do imóvel) creio que este imóvel poderia ter sido recuperado em conjunto com a municipalidade. Diante desta infeliz situação, perdemos um importante ícone de nossa história e arquitetura de um tempo passado que não voltará. Por isso, é importante a implantação de políticas públicas municipais voltadas para a preservação de nossos bens históricos visando que os mesmos não sofram danos que os tornem irreversíveis em termos de manutenção.
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