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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Desenvolvimento Comercio de Bicas -1890 a 1930

  

A representatividade comercial do distrito de São José de Bicas começou a ganhar espaço e prestígio a partir do final do século XIX. A localização da Estrada de Ferro Leopoldina com uma estação e oficina na sua área urbana aos poucos foi transformando a localidade num ponto de concentração de atividades comerciais. Aos poucos várias casas comerciais foram se deslocando da Villa do Guarará para as proximidades da Estação de Bicas no intuito de obter maiores ganhos financeiros e rápida liquidez de seu estoque.

O crescimento do comércio de Bicas em detrimento ao de Guarará, ou até mesmo em relação aos outros municípios como Mar de Espanha e São João Nepomuceno, está atrelado tanto a fatores logísticos como geográficos relacionados à Estrada de Ferro Leopoldina que cortava seu território com duas estações, uma em Santa Helena e a outra na sede. A localização da oficina ao lado da estação foi um dos grandes impulsos para o desenvolvimento do comércio de Bicas e da própria vila que se expandia rápido.

A facilidade para descarga e embarque de mercadorias facilitava a vida de todos os comerciantes de Bicas e entorno como Guarará e Maripá. O curto intervalo de tempo entre o desembarque e a chegada dos produtos nas casas comerciais era fator crucial para uma rápida liquidez dos estoques adquiridos, ainda mais numa época que não havia meios modernos de conservar alguns produtos por muito tempo. Todo transporte era feito por animais ou nos bondes até a proximidade do destino dos produtos.

Conforme o século XX e seus anos avançavam o prestígio e sortimento das casas comerciais era cada vez maior. Muitos comerciantes da região buscavam um espaço no movimentado trecho próximo à Estação de Bicas para desenvolver suas atividades. Assim, o local aos poucos foi atraindo atenção de portugueses, espanhóis, franceses, italianos, e sírio-libaneses. Alguns com o passar do tempo deixavam o lugar em busca de melhores oportunidades em outros locais da região.

Essa expansão das atividades comerciais proporcionou um ciclo de riqueza e progresso há muito tempo não visto nas redondezas, que culminou com a emancipação do distrito de Bicas em 07/09/1923 da Villa do Guarará. Após 1923 a localidade se manteve como importante polo comercial da região conservando famílias renomadas no ramo comercial.

Nomes tradicionais na história de Bicas como Cel. Álvaro Fernandes Dias, Cel. Joaquim José de Souza, Francisco Bianco, Adelino Rabelo de Vasconcelos, Francisco Gazineu, Cornélio Duarte Medina, Elias Lamha, Braz Schettino, Abrahim Mansur, Francisco Baeta Neves, Ângelo Padula, Achilles Francisco de Paula, Américo Ribeiro Aziz Gabriel, José Vieira Camões, Miguel Agrelli, Domingos Amadeu, Pedro Miguel e Vicente Bianco tiveram seus pontos comerciais no entorno da Estação.

Abaixo listamos alguns exemplos de recibos comerciais de Bicas que ilustram o texto acima.

                                 
        

                                      


                                                                                                                                                                      


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Comércio em Maripá -1890 a 1930

 

O ciclo comercial do Distrito de Maripá na data pesquisada esteve fortemente ligado à presença de famílias imigrantes vindas da Europa, em especial os italianos, portugueses e em menor número, sírio-libaneses e franceses. Estes por sua vez proporcionara uma grande contribuição ao alavancar o crescimento e desenvolvimento da localidade nos anos seguintes.

As famílias Bianco, Retto, Gianini, Matteo e Padula dentre outras de origem italiana, deixaram marcas significativas na vida do Distrito de Maripá mesmo após a transferência de suas atividades comerciais para outros lugares. Igualmente temos as famílias, Ferreira, Fonseca, Rocha, Mattos, Costa de ascendência portuguesa que ainda permanecem no local. Na sequência Farhat e Abraão representando a comunidade sírio-libanesa que tiveram fortes laços com a comunidade por um período e Alibert de origem francesa que se estabeleceu na Fazenda Monte Cristo que muito contribuiu para a instalação de imigrantes conterrâneos na região.

As atividades comerciais e afins não foram apenas o sustento perante o começo de uma nova vida por parte desses imigrantes nas terras maripaenses. Na realidade toda essa interação foi uma via de mão dupla, onde a transmissão de cultura e costumes entre os moradores nativos e imigrantes geraram ganhos enriquecedores para a comunidade no decorrer dos tempos inclusive após a partida de alguns destes imigrantes.

 Diversas variedades de produtos comercializados nas prateleiras naquela época não resistiram ao avanço do tempo e a evolução tecnológica e perderam seu espaço conforme as décadas iam avançando. O mesmo ocorre em relação a serviços prestados em casas comerciais como ferreiro e alfaiate, que o tempo aos poucos encarregou de tirar de cena sem ser notado. Grandes nomes como Francisco de Paula Retto Júnior, Bertholdo Garcia Machado, Salim Farhat, Segismundo Ferreira de Carvalho, Rodolfo Rocha e Christiano Abílio Ferreira se destacaram no passado como negociantes em Maripá.

Tanto essas famílias mencionadas e outras mais que não são citadas nesse estudo, deixaram um pouco de sua história e cultura no jeito de exercer o comércio não só em Maripá, mas como nas outras regiões para onde eles se estabeleceram com o passar do tempo. As contribuições certamente enalteceram e contribuíram para a diversificação do comércio tanto na área urbana e rural da localidade. O legado de grande parte dessas famílias ainda permanece ativo na memória e nas tradições da cidade de Maripá de Minas.

Abaixo listamos alguns exemplos de recibos comerciais que ilustram o texto acima.







                       

                                     

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Domingos Ferreira Marques e Feliciana Francisca Dias

De onde vieram e como chegaram?

Onde se estabeleceram e qual sua ocupação?

Quantos filhos e netos tiveram?

Onde faleceram?

Estes e tantos outros questionamentos atribuídos a família de Domingos Ferreira Marques e sua esposa Dona Feliciana Francisca Dias, permaneceram envoltos num mistério histórico ao longo de quase dois séculos. Período de quase completo apagão quanto aos desbravadores das terras do que viria a ser o Curato do Espírito Santo do Mar de Espanha a partir de 1828 e Vila do Guarará, com a emancipação em 05/12/1890.

Ao longo do tempo muitas perguntas foram surgindo e as respostas não encontravam embasamento e argumentos sólidos para se concretizarem. A História do casal de sesmeiros permanecia uma incógnita para historiadores, pesquisadores e pessoas da comunidade que se interessavam pelos primórdios desta terra. Por onde se percorria não encontravam documentos relacionados à presença do casal Domingos e Feliciana nos arredores do Curato do Espírito Santo do Mar de Espanha e mesmo no entorno da região.

Esse vácuo foi se aprofundando à medida que o tempo passava e as fontes que poderiam trazer uma luz a vida do casal no arraial não eram encontradas por aqui (Guarará) e nem mesmo em Barbacena, Ouro Preto, Mariana e Belo Horizonte. Talvez os caminhos ou as indicações de fontes documentais estivessem errados, ou embasados em fatos imprecisos. Algo que veio a comprometer o rumo dos trabalhos ao longo de décadas. É verdade que muito de nossa história documental se perdeu, ou foi destruída pela ação humana e temporal em toda região. A cidade de Guarará, por exemplo, perdeu dois imensos arquivos particulares que poderiam ter estas e outras informações a respeito de seus fundadores. O Arquivo Municipal e da Paróquia local também sofreram enormes perdas devido à má conservação de papéis antigos.

A História de nossa colonização oficial a partir da concessão documentada das cartas de sesmarias em 1818 amargou pesadas derrotas para o tempo e a ação humana. As tentativas de buscar respostas para as diversas lacunas que iam surgindo foram muitas. Eu mesmo presenciei diversas ações infrutíferas nesse sentido a partir do ano 2000, algo que me motivou a entrar no hall de pesquisadores da História de Guarará e Região, anos depois através da Graduação em História.

Pesquisar e obter sucesso a algo relacionado à história, fundação e desenvolvimento desta querida e amada terra não é e, nem foi algo fácil de ser obtido. O abismo documental foi cruel com essa parte da região das Matas Mineiras ao longo de séculos. Essa é uma frase que comento com alguns pesquisadores que estudam a história destas terras de vales e montanhas. Na verdade, dói muito, mas não adianta chorar pelo que deixou de ser documentado na forma escrita, oral ou que foi perdido por descuido com o passar de décadas e de mais de um século.

Recentemente, após o contato com Jarbas Dutra Filho (1984-2021), via página do Facebook Guarará Patrimônio Histórico no segundo semestre de 2019, as coisas começaram a mudar e bons ventos começaram a trazer uma luz quanto às perguntas acima levantadas por nós e muitos outros pesquisadores e cidadãos. Após intensas conversas começamos a compartilhar as informações que cada um possuía e, este foi o caminho inicial para as buscas se intensificarem surgindo às primeiras respostas, meio que ainda perdidas e incompletas no contexto documental existente. Documentos ilegíveis, rasurados, escrita complexa, faltando partes, etc., foram alguns dos entraves encontrados nas análises a fim de começarmos a montar o quebra cabeça em torno da família Ferreira Marques e seus descendentes nestas terras.

A disposição de ambos os pesquisadores em prol de obter uma resposta para as interrogações existentes propiciaram o avanço de pesquisas inéditas quanto à família Ferreira Marques. Passando por sua provável origem entre Barbacena e Guarapiranga (atual Piranga), até chegar ao seu destino nas terras de sua sesmaria entre São João Nepomuceno e o Espírito Santo do Mar de Espanha, o caminho foi lento e complexo.

O trabalho inédito permanece em andamento em meio a dificuldades e contratempos como a perda repentina do colega Jarbas Dutra Filho, que nos deixou órfãos de muitas informações e caminhos a serem trilhados. Mesmo assim, conseguimos descobrir que Domingos Ferreira Marques nasceu em 1775 em Guarapiranga e faleceu em 26/05/1841 na sua fazenda nas proximidades do atual distrito de Roça Grande e Taruaçu pertencentes a São João Nepomuceno. O local de seu sepultamento ainda não foi identificado por nós devido à ausência de documentos. Sua esposa Feliciana Francisca Dias nasceu por volta de 1781 igualmente em Guarapiranga. Sobre ela, não foram encontradas até o momento informações acerca de sua vida e morte. Domingos e Feliciana casaram-se em 01/07/1795 na mesma localidade na Capela de São Caetano. Conforme apurado até o momento foi constatado que o casal teve 10 filhos que serão listados noutra oportunidade.

Abaixo temos um trecho do Inventário do Capitão Domingos Ferreira Marques onde é mencionado seu falecimento sem detalhes extras.



quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Profissões e Comércio na Villa do Guarará em 1893

Observando os documentos da Câmara Municipal da Vila do Guarará referente ao ano de 1893, mais especificamente, analisando os recibos de pagamento de impostos, taxas e licenças temos a oportunidade de conhecer um pouco acerca das profissões e atividades comerciais que existiam na Vila do Guarará e em seus distritos de São José de Bicas e Maripá naquele tempo. Muitas curiosidades quanto às ocupações vêem átona aos procedermos à análise e interpretação destes documentos que na sua grande maioria apresentam bom estado de conservação e com boa nitidez em relação à escrita.

Com o passar dos anos e décadas muita coisa evoluiu ou foi suprimida por novas regras, formas de expressão e cobrança em relação aos impostos, taxas e licenças municipais. Vivemos numa sociedade de transformações. Evidentemente, as atividades administrativas na última década do século XIX eram tratadas de uma forma bastante peculiar em termos de linguagem, escrita e procedimentos. Estávamos nos primeiros anos de regime republicano e muita coisa mudou em relação à administração dos municípios. A Vila do Guarará havia alcançado sua emancipação política de Mar de Espanha a poucos anos e ainda estava caminhando para a estabilidade política e administrativa em relação a sua instalação e gestão.

É importante mencionar que naquela data todas as profissões/atividades precisavam de licença de funcionamento (alvará) registradas na Secretaria da Câmara através de formulário próprio onde ficava anotada a profissão, lugar de exercício, valor pago, data, número de ordem, ano e assinatura do responsável pelo recebimento da solicitação. Uma via era arquivada na tesouraria e a outra entregue quitada ao requerente. Com o tempo passou a usar um selo fiscal com o nome do município e valor na via do contribuinte, sendo que em cima deste selo assinava o secretário da Câmara. Este procedimento valia tanto para o Distrito Sede Guarará, quanto para os Distritos São José de Bicas e Maripá. Todas as pessoas que exerciam ou desejassem praticar alguma atividade remunerada nos limites geográficos da Vila do Guarará precisavam desta guia. Quando o cidadão não desejava continuar nessa profissão ele tinha que pedir baixa na Secretaria da Câmara, o mesmo procedimento era válido para mudança de profissão.

Chama atenção que a função de cura (designação para padre na época) e capelão eram passíveis de alvará para o exercício das funções religiosas em Guarará e nos distritos. Foram encontrados recibos no nome do Padre Manoel José Corrêa, datados de 20/02/1893 que exercia a profissão de cura na Paróquia do Divino Espírito Santo e do Capelão Hermógenes de Oliveira Carmo que exercia função semelhante no Distrito de São José de Bicas, na mesma data citada. Igual autorização verificou-se para a função de sacristão em Guarará, conforme os impostos pagos nos recibos encontrados no Arquivo Municipal.

Entre as atividades comerciais podemos destacar: casa de bilhar com bebidas, açougue, máquina de beneficiar café, carroça de aluguel com 2 ou 4 rodas, aluguel de casas e pastos, oficina de fogueteiro, tenda de ferreiro, oficina de colcheiro, oficina de marcenaria, loja de barbeiro, carro de eixo móvel para aluguel, oficina de caldeireiro, sapataria, oficina de seleiro, olaria, alambique com engenho de cana, padaria, hospedaria. A transcrição ocorreu de forma como estava nos recibos sem acréscimos ou interpretações, extras do pesquisador. Algumas conotações parecem estranhas, mas era desta forma que eram descritas em 1893.

As principais profissões identificadas foram: alfaiate, construtor de obras, farmacêutico, negociante, pedreiro, relojoeiro, fiscal, comprador e vendedor de café, empregado público, professor de música, mascate, leiloeiro, porteiro e contínuo (servidor da Câmara Municipal), oficial de justiça, requerente, sacristão, marceneiro, escrivão de paz, carpinteiro, caseiro, cura (padre), capelão, escrivão e juiz de paz.

Algumas curiosidades podem ser encontradas neste período como o imposto sobre os pés de café que os agricultores e fazendeiros tinham em suas propriedades. Estes eram contados e sobre o total existente na propriedade pagava-se um imposto. Outra situação que chamou atenção foi o imposto que as pessoas tinham que pagar para poderem comercializar com seu tabuleiro de quitandas. Os circos também precisavam de pagar uma taxa para ter a licença de funcionamento por certo período. Baseado no uso essencial da madeira naquela época para todas as atividades foram encontrados alguns recibos que registravam a cobrança de um imposto sobre carros que vendiam lenha, algo no mínimo estranho para os padrões modernos da atualidade, mas que se pararmos pra pensar faz sentido de existir naqueles tempos em que os recursos eram escassos e não existia gás de cozinha.

Constatando que o principal meio de locomoção no final do século XIX mesmo com a chegada da ferrovia nessa região era ainda o cavalo e os bois, havia um imposto específico para os locais de descanso e passagem das tropas, conhecido como Rancho de Tropas e sobre o serviço dos trolys de aluguel que eram carruagens cobertas puxadas na maioria das vezes por cavalos. Vale ressaltar que o imposto cobrado sobre os carros de aluguel em 1893 não exemplificavam que tipo de veículos eram estes; se era carruagem aberta ou fechada, berlinda, carroças ou charretes.

Como podemos observar o período em questão apresentava algumas particularidades que não são presenciadas no século XXI. Este relato aponta características peculiares de um tempo que só pode ser entendido a partir da interpretação dos documentos deixados pela administração municipal naquela década.


Abaixo apresentamos alguns exemplos de recibos que ilustram parte das informações acima:

       



 

 
 



quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Importância de documentos antigos

  

Cada vez mais nos deparamos com questionamentos acerca da relevância ou não em manter preservados e acessíveis, os documentos antigos considerados históricos produzidos pelo poder público, em especial. Com o passar de décadas o interesse pela preservação dos registros documentais históricos passaram a ter grande notoriedade, tanto ao nível municipal, quanto estadual e federal. Várias políticas públicas recentes estimulam a preservação e restauração de acervos públicos de todas as esferas.

A importância de conhecer no passado de nossas cidades os aspectos relativos à sua administração, atividades diárias, cargos, demandas da população, dentre tantas outras situações, está despertando atenção crescente por parte de todos os segmentos da sociedade e do poder público. Iniciativas de preservação e restauração de documentos públicos em sido encontradas em diversos pontos da região da Zona da Mata Mineira. As restaurações de arquivos municipais, cartoriais, paroquiais e de casas de cultura, ocupam a maior parte das ações em prol da defesa e perpetuação do patrimônio histórico documental.

Esse precioso investimento garante a perpetuação da memória, história e cultura das cidades que promovem o resguardo de seu passado para as gerações seguintes. Infelizmente muitas pessoas ainda não compreenderam que esse tipo de investimento traz frutos positivos para toda comunidade com o passar dos anos. Recentemente a busca por documentos do século XIX até as primeiras décadas do século XX cresce em todas as cidades do Brasil e a localização destes só é possível se os acervos com documentos públicos estiverem preservados e acessíveis. Daí, a necessidade da conscientização do maior número de pessoas quanto à importância da salvaguarda dos documentos antigos que um dia poderão ser úteis a todos nós.

Uma cidade sem passado documental preservado por menor que ele seja, perde parte de sua identidade e memória conforme as décadas passam. Esse fator traz um sério prejuízo tanto as famílias consideradas percursoras do povoamento daquele lugar como para a gente simples do lugar. Inclusive o poder público na atualidade vem sendo cobrado cada vez mais por não ter tomado medidas protetivas em favor desses acervos para conservar e preservar a história documental sobre sua influência.

A conservação de nossos documentos classificados como históricos, não é papel só do poder público, mas de toda a comunidade em volta. Todos nós somos detentores desse importante patrimônio histórico de papel. Um dia, cedo ou tarde, iremos precisar de alguma informação contida nesse montante de papéis amarelados e dobrados com marcas de traças e cupins. Se por acaso procurarmos em vão, assim como dezenas de pessoas têm feito e não obtido o resultado esperado, não vai adiantar entrar em desespero com um montão de questionamentos precedidos de vários por quês. 

O caminho da preservação é uma via de mão dupla e nela está o poder público e a sociedade lado a lado nessa árdua tarefa de romper paradigmas em prol da continuidade de nossa cultura e história. Temos que motivar iniciativas que despertem a forma de pensar o Patrimônio Histórico como um bem enriquecedor e não um fardo! A conscientização constante do maior número de pessoas dentro de uma cidade em prol da causa, antes que toda documentação fique apenas na memória dos antigos que, aliás, um dia sucumbirá sem deixar rastros... é a alternativa mais promissora e rentável para uma cidade não perder de vez sua identidade.


Abaixo apresentamos alguns livros do Arquivo Histórico da Prefeitura de Guarará-MG antes e após o processo de restauração.