Apresentamos
a transcrição da cronologia histórica de Maripá publicada no Jornal O Guarará, em 1929. A matéria figurava como homenagem ao
local pelo que é possível identificar na reportagem. Um exemplar do periódico
se encontra no Arquivo do Espaço Cultural José Vieira Camões, em Guarará.
O
então distrito de Maripá denominava-se antigamente Córrego do Meio. O primitivo
povoado teve como seu iniciador principal, o Sr Domingos Antônio de Oliveira,
proprietário da Fazenda Córrego do Meio, que fez a doação de um e meio alqueire
de terra ao patrimônio, para a ereção de uma capela, que foi construída sobe a
influência dos srs Anselmo José Machado, Sebastião Castório de Almeida
(construtor), Dona Joana Ferreira e outros.
A
referida capela teve o patrocínio de São Sebastião, e conservou-se até 1912,
quando foi demolida para a construção da atual igreja. Por deliberação de uma
comissão composta dos senhores Cel. Francisco Retto Júnior, Cap. Avelino
Ferreira da Fonseca, Cap. Antônio Ferreira Martins, Cap. José Ricardo Sobrinho,
Ricardo José Coelho e José Temponi. Em 1914, com a retirada do Cel. Retto
Júnior assumiu a presidência da comissão o então tesoureiro Cap. Avelino
Ferreira da Fonseca, que foi substituído na tesouraria pelo Cel. Bertholdo
Garcia Machado. Em 1918, foi o suntuoso templo, que embeleza o largo de São
Sebastião, inaugurado com a benção solene ministrada pelo saudoso D Silvério
Gomes Pimenta. Exemplares mais antigos do mesmo periódico informam que a data da benção foi 30/07/1919. Acredita-se que a data de 1918 tenha sido impressa por equívoco.
Os
representantes primitivos eram: o Cap. Silvestre Henriques Furtado, proprietário
da Fazenda Pedra Branca, hoje, de propriedade do Cap. Virgílio Machado da
Silva, João Furtado de Souza e Antonio Ferreira Martins, proprietários das
Fazendas Bom Sucesso e da Serra, respectivamente, hoje, pertencentes ao Cap.
Quintino da Costa Mattos; Cel. Antônio Francisco de Souza e o farmacêutico
Martinho Guimarães, que muito contribuíram para o progresso do distrito.
Um
dos primeiros comerciantes era Ambrósio Bianco, estabelecido em uma pequena
casa de varejo, à rua Cap. Avelino, na casa onde reside atualmente, Dona Maria
Luzia, e o mais forte negociante de então, era o português Manoel José de
Oliveira, vulgo Manoel Pesado.
Também
residiram no primitivo distrito, os padres Chaim, que faleceu e foi inhumado no
interior da capela antiga; padres Rizzote e Francisco Del Gáudio. A população
era servida pelos médicos, Higino e Matheus, e em 1927, residiu por alguns
meses, o Dr. Francisco Rocha.
Em
1890, pelo governo do Dr. Bias Fortes, foi criado o Distrito de Maripá,
instalado no dia primeiro de fevereiro de 1891. Ao seguir a instalação foi
criado o Conselho Distrital, e foi eleito presidente do mesmo, o Sr. Antônio
Rodrigues Maia, que em seu mandato obsequiou a população com o grande
melhoramento da água potável. Tendo falecido em 1896, foi substituído pelo Cap.
Avelino Ferreira da Fonseca, um dos maiores benfeitores do Distrito, pelos
relevantes serviços prestados durante sua gestão.
Quando
depois foi cassado o direito dos conselhos distritais, ficou a administração a
cargo do Presidente da Câmara de Guarará, o Cel. Francisco de Paula Retto
Júnior, que também prestou muitos benefícios ao distrito, notadamente no
referente às estradas de rodagem. O Cel. Retto Júnior, como chefe local,
residiu na sede do distrito até 1914, quando foi eleito deputado estadual e
passou a residir em Bicas, onde faleceu em 1925.
Abaixo
apresentamos uma fotografia da construção da Igreja Matriz de São Sebastião, que
foi publicada no livro, O Município de Guarará, de Roberto Capri em 1916.
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