Em 05/12/2021, Guarará comemora seus 131 anos de Emancipação Política. Deixamos aqui os PARABÉNS a esta terra que sempre foi e é hospitaleira, desde os primórdios acolhendo a todos que aqui se instalaram em busca de uma vida melhor e assim, com o passar do tempo, contribuíram para o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade, consagrada ao Divino Espírito Santo. Como homenagem, apresentamos um breve histórico de nossas origens.
Domingos Ferreira Marques e sua esposa eram titulares de sesmarias as quais receberam por concessão em 16/10/1818. Os requerimentos de ambas as sesmarias foram feitos em 23/05/1814 e aprovados pelo Governo da Capitania de Minas Gerais em 27/01/1816.
O sesmeiro Domingos Ferreira Marques, inspirado pela esposa Feliciana Francisca Dias, devota ao Divino Espírito Santo, doou 40 alqueires de terra para o Patrimônio de uma Capela de Aplicação, conforme escritura lavrada em 20/07/1828. Formou-se um curato e a construção de uma capela-mor foi iniciada pouco depois. A primeira Capela surgiu por volta de 1830. Posteriormente, essa Capela deu lugar a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, construída a partir de 1842 e finalizada em 1857.
Muitos ranchos para tropas foram levantados na pequena povoação e nas suas imediações. O primeiro rancho que deu abrigo a milhares de tropeiros e viajantes que vinham do campo para o Rio de Janeiro foi o de José Antônio, no lugar onde se denomina Extrema. O segundo foi construído no Largo da Igreja, hoje Praça do Divino. O arraial servia de parada para os deslocamentos entre o Rio e Minas. O local foi denominado Curato do Espírito Santo, que décadas depois receberia o nome de Guarará.
Em 01/01/1868, através da Lei nº 1.466, o Curato do Espírito Santo do Mar de Espanha é elevado à categoria de Paróquia, observando as mesmas divisas. Mais adiante pela Lei nº 2034 de 01/12/1873 é criada a Freguesia do Espírito Santo do Mar de Espanha. O café constituía a principal fonte de riqueza de nossas terras e tempos depois, cedeu espaço a pecuária e cana-de-açúcar.
O Distrito do Espírito Santo do Mar de Espanha foi emancipado através do Decreto nº 278 em 05/12/1890. Sua instalação administrativa ocorreu somente no ano seguinte em 01/02/1891 na casa do 2º Barão de Catas Altas (Antônio José Bastos Gomes) na Praça do Divino. Neste local atualmente funciona a Escola Municipal Ferreira Marques. Em 22/01/1891, pelo Decreto Estadual nº 343, a Vila do Espírito Santo passou a denominar-se, simplesmente, Vila do Guarará. Segundo a Lei nº 84 de 06/06/1894 a Vila do Guarará passou a denominação de Vila do Espírito Santo do Guarará, acatada pelo Estado de Minas por sugestão do Vereador Padre Manoel José Corrêa. Essa denominação permaneceu até o final da década de 1920. A partir daí, passou a adotar novamente o termo Vila do Guarará, até meados da década de 1940, quando usou somente o vocábulo Guarará.
Conta à tradição que, o 2º Barão de Catas Altas, logo após o decreto de emancipação tinha que escolher um nome para a nova Vila. Sem tempo hábil para consultar os moradores e correligionários, veio à ideia de homenagear onde sua esposa nascera na região da Vila de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), porque, em sua terra de origem, havia um riacho com o nome de 'Guarará', na Fazenda Guarará, talvez por saudosismo, resolveu denominar o local recém-emancipado de 'Vila do Guarará', em substituição à Espírito Santo do Mar de Espanha.
Largo do Divino no início da década de 1940
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