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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

História de Maripá - II


 Na sequência apresentamos a segunda parte acerca dos relatos históricos de Maripá.

O Cartório de Paz de Maripá foi iniciado em 04/09/1890. Os livros primeiros dos registros de nascimento, casamentos e óbitos, tem os seus termos de aberturas, lavrados na mesma data, pelo Juiz de Paz, Cel. Antônio Francisco de Souza e nessa mesma data, foi aberto o primeiro registro de nascimento de uma criança de nome Manoel do Nascimento, filho legítimo de José Alves Ribeiro e D. Idalina Ribeiro Guimarães, sendo escrivão interino, Antônio Theodoro de Mendonça Neto. Por uma fatalidade, o primeiro registro de óbito foi aberto ainda na mesma data e é referente ao mesmo Manoel do Nascimento que faleceu uma hora depois de registrado o seu nascimento.

No dia 11/12/1890, á uma hora da tarde, celebrou o primeiro ato de casamento civil, sob a presidência do Juiz de Paz Cel. Antônio Francisco de Souza e o Escrivão Mendonça; eram nubentes, o Sr Antônio Pacheco Calháu e a Senhorita Adelaide Hermenegildo (esta residente em São João Nepomuceno). Assinaram como testemunhas, os Srs Manoel João Giestal, negociante naquela época, e que hoje exerce a profissão de pedreiro, e Braz Cassela, falecido em 1924. Seguiram-se as assinaturas dos homens em evidência: Martinho de Campos Guimarães, João Furtado de Souza, João Carmo Teixeira, Delphino da Costa carvalho, Lucas Abílio de Souza, Rodolpho Furtado, Archangelo Baesso, (ferreiro), e o padre Antônio de Paula Dias. O livro numero um de notas foi aberto pelo Presidente da Intendência de Mar de Espanha, Pedro R. de Magalhães.

No dia 06/09/1890, foi passada a primeira escritura, que constou do arrendamento de um sítio denominado Cachoeirinha, feito por Antônio Bento Fernandes a João Bolimão, pelo prazo de 6 anos e o valor de Réis 8:400$000. Os talões foram extraídos na Coletoria e São João Nepomuceno, em 20/08/1890. Era coletor A. Bastos e Escrivão Rabello. Na mesma data, foi passada a primeira procuração.

A primeira escritura de Compra e Venda, foi passada, em 13/09/1890; vendedores, o Sr João Furtado de Souza e sua mulher D. Thereza Furtado de Souza, e comprador, o Comendador Domiciano Monteiro de Resende, a venda constava da Fazenda denominada Bom Sucesso, com a área de 103 alqueires de terras, grande quantidade de móveis, semoventes e diversas benfeitorias, pelo preço de Dezenove Contos de Réis (19:000$000), os talões foram extraídos da Coletoria de Mar de Espanha, sendo Coletor Carlos Benício de Mattos e o Escrivão J. P. de Figueiredo. Em 07/12/1890, assumiu interinamente o cargo de Escrivão, o Sr Lino Ribeiro de Magalhães e exerceu até o dia 03/07/1897, data em que, reassumiu o efetivo Cap. Antônio Theodoro de Mendonça Neto, que manteve-se no respectivo cargo até  o dia 07/08/1923, quando foi substituído pelo atual efetivo, José Caetano de Oliveira.



 Apresentamos a fotografia acima da região central de Maripá que foi publicada no livro, O Município de Guarará, de Roberto Capri em 1916.


A imagem acima ilustra parte do centro de Maripá no início da década de 1940.

 

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