Com
a terceira parte finalizamos o levantamento histórico sobre Maripá.
No
dia 04/03/1893, foi criada a primeira escola do Distrito. Durante muitos anos
funcionou em casas particulares, até que, em 1915, então sob a administração do
Presidente da Câmara, Cel. Joaquim José de Souza, foi inaugurado o atual
edifício escolar. Além de outras professoras que exercera a sublime profissão
de educadora, encontra-se no registro escolar, as seguintes: D. Luíza Dias
Fernandes, Maria Elysia Coelho, Natalina Mynssen de Mendonça, Maria Philomena
da Conceição Vianna, sendo que, esta, ocupou a cadeira no período de 1911-1927,
quando foi removida e pedido para Sant Ánna de José Pedro, hoje, Ipanema, em
Manhuassu. Em seguida, foi a cadeira ocupada por D. Luiza de Carvalho Breyer.
Em 1928, foi à escola desdobrada em duas cadeiras mistas, ocupando a primeira
D. Luiza de Carvalho Breyer e a segunda, pela senhorita Esbelta Mattos, e com a
remoção desta, para o Grupo de Guarará, foi substituída pela efetiva, senhorita
Myrthes Ladeira. Atualmente, regem as duas escolas da sede, as professoras, D.
Amélia Pereira da Silveira e senhorita, Laura Alvim Tostes.
Foram
também em 1928, criadas as escolas das Fazendas da Cachoeira, propriedade do
Sr. Manoel Raposo Teixeira, e da Serra, de propriedade do Cap. Quintino da
Costa Mattos, e estão a cargo das professoras, DD. Maria Rosa Gotelipe e
Liberalina Barbosa. O ensino no Distrito de Maripá vem sendo ministrado com
muita competência, zelo e dedicação pelas atuais educadoras e tem nos últimos
anos apresentando largo desenvolvimento, graças aos novos métodos adotados
pelos nossos dirigentes. Depois de
várias transformações políticas na vida do distrito e conseqüentes sucessões
dos diretores do P.R.M. de Guarará acham-se confiado os seus destinos políticos
aos ilustres senhores: Cel. Affonso Leite, respeitável Chefe de onde irradiam
todas as ilustrações precisas para o desenvolvimento progressista coletivo, e o
Cel. Bertholdo Garcia Machado, atual Presidente da Câmara, que ao lado de seus
companheiros camaristas, Cap. Quintino da Costa Mattos e José Ferreira de
Souza, vereadores geral e especial pelo distrito respectivamente, vem pugnando
com real proveito e destemido patriotismo pelo progresso visível e sempre
crescente do florescente Distrito de Maripá.
Dentre
os vários melhoramentos que se tem verificado nos últimos tempos, um se destaca
entre eles, que é a instalação de Força e Luz, inaugurada em 03/05/1924, no
mandato do então Presidente da Câmara, Cap. José Vieira Camões. Além deste,
também digno de nota temos a citar a remodelação da drenagem de água potável
que abastece a população da sede distrital de um modo satisfatório. Ainda como
útil e indispensável benfeitoria, encontra-se o Cemitério Público, que vem
sendo convenientemente zelado pela municipalidade. O Cemitério já existe desde
a época pré-distrital, e foi remodelado na gestão Retto Júnior em 1907.
A
população do Distrito é calculada, conforme o último recenseamento, em 4.271
habitantes. A religião é Católica Apostólica Romana; é sede de um curato
pertencente ao Bispado de Juiz de Fora. Está colocado a 579 metros acima do
nível do mar. A produção principal é o café, que constitui a sua principal
fonte de rendas.
O
solo é geralmente montanhoso, encontrando se nele algumas planícies e vales
fertíssimos. A parte montanhosa é ocupada na sua quase totalidade pela lavoura
cafeeira, existindo, porém, uma grande parte em matas, capoeiras e algum mato
virgem. Existe algum trecho incultivável, que se encontra na parte culminante
das montanhas limítrofes e centrais. Em resumo: o solo é bem acidentado, e o
clima é excessivamente frio e úmido no inverno, quente na estação chuvosa,
temperado e agradável no verão.
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