Por ser o ponto central da povoação em
boa parte da região, as terras do arraial e distrito do Espírito Santo que após
a emancipação recebeu a denominação de Villa do Guarará concentrou a maior
fatia das atividades comerciais até início do século XX. Pelo fato das
localidades de São José de Bicas e Córrego do Meio não estarem constituídos como
distritos, a maior representação não só das atividades comerciais,
concentravam-se todas na sede do Distrito do Espírito Santo até a emancipação e
a criação dos distritos de São José de Bicas e Maripá em 1890. Daí em diante
houve uma pulverização dos pontos comerciais da sede para esses novos distritos
e ares rurais que cresciam em população e representatividade dentro da Villa do
Guarará.
No papel de desenvolvimento e expansão
da rede comercial da Villa do Guarará no período compreendido temos grande representatividade
dos imigrantes portugueses, italianos e sírio-libaneses em especial. Outras
nacionalidades como espanhóis, franceses e alemães vem em menor destaque. Todos
esses cidadãos que partiram de suas terras em busca de melhores oportunidades
deixaram suas marcas inovadoras e também receberam novos aportes profissionais
e culturais conforme a convivência com a gente nativa ia desenvolvendo.
Na década de 1890 o comércio na sede da
Villa do Guarará ainda era muito forte e expressivo. Havia várias casas
comerciais com sortimento de produtos e serviços ao ponto de se comparar com
cidades muito maiores. A zona rural possuía diversos pontos comerciais sortidos
ao longo das principais estradas de acesso à Extrema, Forquilha, Gameleira e
Desengano.
Após a década de 1910 muitas casas
comerciais foram para as proximidades da Estação de Bicas e outras cidades como
Juiz de Fora que expandia fortemente sua malha comercial. Desse período em
diante houve uma diminuição significativa das atividades comerciais na sede da
Villa do Guarará em detrimento ao seu avanço em outros pontos. Mesmo com esse
recuo, a cidade ainda apresentava pontos comerciais significativos com um
variado sortimento de mercadorias e serviços que não deixavam a desejar em
relação a lugares maiores.
Entre os principais comerciantes
podemos destacar: José Pinto Soares, Francisco Carneiro, José Duarte de Souza
Marques, Fortunato Pacheco da Silva, Emygdio Braz dos Santos, Miguel de Jorge
ou George, João Abrahão, Aristides Leite Guimarães, Domingos Trefilio, Simão
Moysés, Carmella Viggiano, Apolinário Camões, Elcenor Leite, Sayd Abrahim,
Ângelo Viggiano, Geraldino Rocha, Necésio Silva e Sabá José Abrahão.
Abaixo listamos alguns exemplos de recibos comercias:
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